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Todos nós já ouvimos a expressão “baixa imunidade” ao justificar uma gripe, surgimento de aftas, herpes, entre outros problemas recorrentes de saúde. Mas o que realmente significa esta expressão? De acordo com a médica nutróloga Isabela Machado Barbosa David, especialista na área pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), primeiramente é necessário entender o que é imunidade. “Imunidade é um dos mecanismos de proteção do nosso organismo contra as doenças, principalmente as infecciosas. Damos o nome de sistema imunológico a um conjunto de células, tecidos e moléculas que se inter-relacionam para exercer esta função. É interessante comentar que 70% deste sistema de defesa encontram-se em nosso intestino”, explica.
Ou seja, baixa imunidade refere-se a um estado no qual o organismo não está em condições de se defender adequadamente, encontrando-se mais vulnerável às doenças. De acordo com a médica, a recorrência de complicações, como herpes, candidíase, estomatites, resfriados e gripes frequentes é um sinal de que algo não vai bem. “Outros sinais e sintomas podem ser muito inespecíficos, como queda de cabelo, unhas fracas e cansaço. Devemos ressaltar que a baixa imunidade pode ocorrer por uma variedade muito grande de fatores, tanto genéticos, como em decorrência do uso de medicamentos, exposição à radiação, quimioterapia, certas doenças, alimentação deficiente (especialmente em vitaminas, minerais e proteínas), excesso de exercícios físicos, repouso inadequado e estresse prolongado, entre outros. É importante procurar um médico para investigação adequada”, aconselha.
A nutróloga chama atenção para a prevenção por meio da alimentação, lembrando que não é suficiente apenas a ingestão de alimentos saudáveis, mas, sim, garantir um adequado aproveitamento dos nutrientes pelo organismo. “Para tanto, faz-se necessário o acompanhamento do estado nutricional ao longo da vida – a essência do meu trabalho.” “Alguns nutrientes presentes na nossa alimentação cotidiana são particularmente importantes para o nosso sistema imunológico, como zinco, selênio, cobre, manganês, enxofre, vitaminas C, E, D e A, betacaroteno, vitamina B6, ácido fólico, licopeno, ácidos graxos, ômega-3 e, por último, mas não menos importante, os flavonoides – um grupo que inclui mais de 8000 compostos já identificados com inúmeras propriedades benéficas para a nossa saúde”, revela.
Além disso, recomenda a médica, é importante conhecermos os alimentos-fonte destes nutrientes e estarmos atento a incluí-los sistematicamente em nossa alimentação, além de evitar o excesso de produtos industrializados, refinados e aqueles ricos em gorduras pró-inflamatórias, como a gordura aparente das carnes, dos queijos amarelos e dos embutidos. Ela recomenda ainda ter cuidado com o leite, que pode ser prejudicial para algumas pessoas. “Desta forma, estamos favorecendo uma dieta anti-inflamatória, antioxidante e imunoestimulante, capaz de, efetivamente, nos proteger!”, avalia.
O que incluir na dieta – Para Isabela, a alimentação deve ser muito variada, predominantemente de origem vegetal, porém, de acordo com a médica, alguns alimentos de origem animal podem ser bastante úteis, como as ostras (fontes de zinco) e os peixes de águas frias e profundas (como a sardinha e o atum, ricos em ômega-3). “É muito importante o equilíbrio da flora intestinal, já que dependemos muito da saúde intestinal para uma adequada proteção imunológica. Os probióticos (microorganismos vivos presentes nos iogurtes, coalhadas, leites fermentados e kefir) e as fibras prebióticas (que favorecem a multiplicação dos microorganismos probióticos, presentes no alho, cebola, batata yacon, aspargos, alcachofra, banana verde, raiz da chicória, entre outras fontes), possuem hoje um papel de destaque neste contexto”, explica.
E a genética? – Sabe-se que existem pessoas geneticamente mais propensas à baixa imunidade. Para elas, segundo a nutróloga, a prevenção, principalmente por meio da alimentação, é de grande valia. “Após a conclusão do Projeto Genoma, em 2003, que mapeou os nossos genes, passamos a entender que podemos identificar as nossas predisposições genéticas e interferir precocemente, muitas vezes antes que as doenças se manifestem. Com todos os avanços, estamos chegando a uma importante mudança de paradigma: não somos mais reféns da nossa hereditariedade. Dizemos que a Medicina do Século XXI é mais preventiva, mais preditiva e mais personalizada, dependendo do DNA de cada indivíduo, e voltada para atuar sempre de modo a evitar que as doenças se manifestem. O estudo MacArthur do Envelhecimento Bem Sucedido concluiu que apenas 30% do modo como envelhecemos depende dos nossos genes. Os outros 70% são determinados por nosso estilo de vida. Assim, mais do que nunca, reforçamos o papel da dieta em atuar na redução do risco de doenças e na promoção de um envelhecer com boa qualidade de vida”, finaliza.
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